O halterofilista do Quirguistão Izzat Artykov, primeiro medalhista a ser excluído dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 por doping, anunciou nesta sexta-feira à AFP que recorrerá de sua exclusão e acusou o francês Bernardin Kingue Matam de tê-lo dopado.

“É claro que vou apelar da decisão de me retirarem a medalha de bronze. É injusto”, declarou por telefone à AFP.

“Eu nunca me dopei. Conquistei minha medalha honestamente”, acrescentou, afirmando estar “chocado”.

“Eu suspeito que o halterofilista francês acrescentou produtos dopantes em minha bebida ou comida. Tudo isso começou com suas declarações e dúvidas quanto a minha vitória”, ressaltou.

Após a competição, o francês Bernardin Kingue Matam expressou suas dúvidas quanto aos seus adversários, dizendo que “esperaria o resultado dos exames de doping”.

“Se a Federação Internacional e o COI fizerem as coisas corretamente, acredito que subirei umas quatro posições, porque os cinco primeiros não estão limpos”, afirmou.

Artykov, que foi desclassificado e excluído dos Jogos, testou positivo para estricnina, um estimulante, informou o TAS em uma decisão comunicada à AFP.

Levantando um total de 339 kg, o atleta terminou em 10 de agosto em terceiro lugar na categoria até 69 kg, prova vencida pelo chinês Shi Zhiyong Shi, que superou o turco Daniyar Ismayilov (351 kg). Com a punição, o colombiano Luis Javier Mosquera Lozano, 4º na prova, herdou a medalha de bronze.

Em um comunicado, a Agência do Quirguistão para a Juventude e Desporto já havia anunciado que a Federação do Quirguistão de Levantamento de Peso “prepara um recurso para o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS)” contra a exclusão de seu atleta.

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