Mineira de Juiz de Fora, Maria Vitória Ruffatto sagrou-se campeã Pan-Americana de Jiu-Jitsu sem kimono logo em sua estreia na faixa-marrom, em torneio da IBJJF disputado em maio no Texas, EUA. Foi o terceiro título pan-americano da brasileira, que ainda beliscou a medalha de prata no absoluto. Entusiasmada com a nova fase, ela afirma que esta será a primeira de muitas conquistas na nova graduação.

“Eu avalio como uma de minhas melhores performances, pois nunca lutei tão calma e decidida. O plano agora é lutar o máximo de campeonatos possíveis, com e sem kimono, buscando sempre elevar o nível técnico para os próximos desafios”, projeta.

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Morando em Oregon, nos EUA, há sete meses, Maria Ruffatto integra a Brazilian Top Team Happy Valley. A primeira vez que ela foi para os Estados Unidos foi em 2019, quando recebeu o convite de seu professor Guto Neto para passar uma temporada na BTT Charlotte, na Carolina do Norte. O convite para a mudança definitiva veio através do faixa-preta Gustavo Bessa, líder da BTT Happy Valley. Apesar do pouco tempo no novo país, ela garante que já se sente em casa.

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“O suporte está sendo o melhor possível, nunca achei que teria essa oportunidade e estou tentando aproveitar e valorizar a cada dia. Meus irmãos de tatame são incríveis! Coach Ighor é incrível e especialmente o coach Gus e sua esposa Bri, que são os responsáveis por eu estar aqui hoje. Sou extremamente grata”, frisa a lutadora.

A ida para os EUA marcou um novo nível na carreira de Maria Ruffatto. O sonho de se tornar uma atleta profissional foi elevado para o almejo de ser uma lutadora da elite mundial. No que depender dos treinos, ela está indo pelo caminho certo, afirma.

“Os treinos aqui são bem técnicos e difíceis. A maioria dos meus irmãos de tatame são atletas de Jiu-Jitsu, Wrestling, basquete, natação… a maioria pratica desde criança, e outros já até jogaram na NFL, então eles têm uma experiência de campeonatos, mobilidade, parte física que fazem os treinos ficarem desafiadores. Inclusive, meu namorado, Charlie, praticou Westling a vida toda praticamente e é impossível trocar em pé com ele (risos).”

O principal objetivo da mineira é solidificar sua carreira como atleta. Entretanto, em meio a trajetória nos tatames, ela espera conseguir um espaço para concluir uma antiga paixão: o curso de nutrição que precisou trancar no Brasil devido a ida para os EUA.

“Eu pretendo, sim, retornar ao curso e penso em fazer aqui nos Estados Unidos mesmo, mas isso são planos futuros, pois meus objetivos atuais são 100% relacionados à minha carreira como atleta e na melhoria da minha qualidade de vida”, revela.


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