A repetição das análises dos exames antidoping realizados nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, fez com que caísse mais uma medalhista nesta quinta-feira. A atleta cubana Yarelys Barrios foi flagrada pelo uso de uma substância proibida e perdeu a medalha de prata conquistada no arremesso de disco na China, há oito anos.

O novo caso em meio a um escândalo de doping de enormes proporções foi confirmado nesta quinta pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) após a mais recente revisão das amostras coletadas em olimpíadas passadas. De acordo com a entidade, Barrios foi flagrada pelo uso de acetazolamida, um diurético que serve para mascarar outras substâncias.

Por conta disto, Barrios, de 33 anos, foi imediatamente desclassificada do torneio olímpico e perdeu a medalha de prata, que passa agora para a ucraniana Olena Antonova. A chinesa Song Aimin, que havia sido quarta colocada, herdou o bronze.

Barrios já viveu o outro lado e conquistou a medalha de bronze na Olimpíada de Londres, em 2012, graças à desclassificação tardia de uma competidora por doping. Ela havia sido quarta colocada na Inglaterra, mas a russa Darya Pishchainikov, que havia ficado com a prata, foi flagrada no exame, o que fez com que a cubana subisse para a terceira posição.

Também nesta quinta, o COI anunciou outro caso de doping ocorrido em Pequim, graças à reanálise de amostras. O velocista Samuel Adelebari Francis, do Catar, foi desclassificado de suas participações nos Jogos de 2008 por doping. Ele parou nas eliminatórias dos 100 metros e sequer largou na prova dos 200 metros há oito anos.

Barrios e Francis são os últimos atletas punidos graças à repetição das análises de mais de mil amostras tomadas em Pequim e Londres, que já confirmaram 98 casos de doping. Na última quarta-feira, seis atletas, sendo quatro deles medalhistas, foram desclassificados por consumo de substâncias proibidas na Olimpíada de 2008, na China.