A atleta Zakia Khudadadi, do Afeganistão, fez um apelo aos demais países nesta terça-feira para conseguir deixar a capital Cabul e disputar os Jogos Paralímpicos de Tóquio, no Japão. O evento vai começar no dia 24 deste mês, usando as mesmas estruturas da Olimpíada, finalizada no dia 8.

Zakia quer se tornar a primeira atleta do país a disputar a Paralimpíada. Mas seu sonho vem sendo interrompido por causa da turbulência política vivida pelo país nos últimos dias. O Comitê Paralímpico do Afeganistão disse na segunda-feira que os dois atletas que haviam garantido vaga para o evento não viajariam mais ao Japão por causa dos conflitos com o Taleban.

Khudadadi iria competir no parataekwondo. “Eu peço a todos vocês, como uma mulher afegã, como representante das mulheres afegãs. Minha intenção é participar da Paralímpiada de Tóquio 2020. Por favor, segure minha mão e me ajude. Peço a todos vocês, das mulheres ao redor do globo, instituições de proteção à mulher, de todos os governos e organizações, para não deixar os direitos de uma cidadã do Afeganistão no movimento paralímpico ser levado embora facilmente”, declarou a afegã.

“O fato de que nós mesmos nos levantamos deste situação, que tanto alcançamos, não pode ser tomada dessa maneira. Eu sofri muito, não quero que minha luta seja em vão e sem resultados. Ajude-me”, acrescentou a atleta de 23 anos. O outro atleta afegão que iria para a Paralimpíada é Hossain Rasouli, do atletismo. A dupla iria embarcar para Tóquio na terça-feira, mas o voo foi cancelado.