Ativistas presos a caminho de Gaza fazem greve de fome em Israel

TEL AVIV, 29 JUL (ANSA) – Mais de 10 ativistas da ONG Coalizão Flotilha da Liberdade, detidos por Israel após seu navio de ajuda humanitária ter sido interceptado a caminho da Faixa de Gaza, iniciaram uma greve de fome para protestar contra a prisão, informou nesta terça-feira (29) uma organização local que os auxilia.   

Recentemente, a embarcação “Handala”, com 21 ativistas de direitos humanos, trabalhadores humanitários e jornalistas de vários países do mundo a bordo, incluindo dois italianos, foi barrada pelas autoridades israelenses ao navegar rumo a uma missão civil e humanitária no enclave palestino.   

A greve de fome foi iniciada após “as audiências na prisão de Givon sobre a detenção dos 14 voluntários que se recusaram a aceitar um procedimento de deportação acelerada serem concluídas” na tarde da última segunda (28).   

Segundo a organização de assistência jurídica Adalah, os ativistas explicaram que estão em greve de fome para protestar contra a detenção ilegal. Inclusive, um ativista americano relatou “graves abusos físicos por parte das forças israelenses”, enquanto outros descreveram estarem presos em condições precárias.   

Além disso, ao menos cinco dos 21 passageiros concordaram em ser expulsos. Apesar disso, a justiça “manteve a detenção de 14 voluntários”.   

Outros sete trabalhadores da Flotilha da Liberdade, que também estavam a bordo do “Handala”, serão expulsos de Israel, e qualquer um que se recusar de cumprir a medida será levado perante um juiz para deixar o país, informou o Ynet.   

No último fim de semana, a Flotilha da Liberdade acusou o Exército de ocupação israelense de abordar à força o navio “Handala”, que partiu de Siracusa, no sul da Itália, rumo ao enclave palestino, no último dia 13 de julho, carregado com ajuda humanitária.   

“Trata-se de uma ação ilegal e violenta, realizada em águas internacionais ou, em qualquer caso, fora da jurisdição israelense, que constitui um grave ato de pirataria naval e uma violação do direito internacional”, denunciou. (ANSA).