O terceiro dia de Wimbledon não foi movimentado apenas por causa da programação sobrecarregada, em razão dos jogos adiados de terça-feira, devido à chuva. Esta quarta-feira contou com duas invasões de quadra por ativistas do mesmo movimento, atrapalhando duas partidas em andamento na quadra 18.

Os três manifestantes foram detidos pela polícia. Trata-se de dois homens e uma mulher, todos com mais de 60 anos de idade. Eles pertencem ao grupo ambientalista “Just Stop Oil”, que atua no Reino Unido e faz pressão sobre o governo britânico para interromper o licenciamento e a produção de novos combustíveis fósseis.

As duas invasões tiveram roteiro semelhante. Na primeira, um homem e uma mulher interromperam a partida entre o búlgaro Grigor Dimitrov, ex-número três do mundo, e o japonês Sho Shimabukuro. Os manifestantes jogaram papel picado, peças de quebra-cabeças e confetes sobre a grama.

Um deles tirou o casaco e exibiu uma mensagem em sua camiseta, sentado sobre o centro da quadra. Ambos foram retirados da quadra pelos seguranças, sem oferecer resistência. Poucas horas depois, a situação se repetiu com outro homem, do mesmo grupo, na mesma quadra, interrompendo a partida entre a local Katie Boulter e a australiana Daria Saville.

Na segunda invasão, o homem fugiu dos seguranças e acabou sendo arrastado para fora de quadra. As duas tenistas acabaram ajudando os funcionários de Wimbledon a recolher o papel picado sobre a grama. Os manifestantes não chegaram a se aproximar dos tenistas em quadra e não ofereceram ameaça à integridade dos envolvidos no torneio.

A secretária do Interior do Reino Unido, Suella Braverman, criticou os protestos. “Os manifestantes em Wimbledon estavam determinados a arruinar o jogo do dia para os espectadores e fãs de esportes em todo o mundo. Isso é inaceitável. Seremos intransigentemente duros com os manifestantes egoístas que pretendem estragar nossos eventos esportivos de classe mundial neste verão”, declarou, em comunicado.

O grupo “Just Stop Oil” já havia invadido outros eventos esportivos neste ano, em competições de críquete e rúgbi, no Reino Unido. Recentemente, Braverman liderou reunião com lideranças esportivas do país justamente para tentar coibir novas ações do tipo no país.