Ativistas de Hong Kong são acusados por ato para recordar Massacre na Praça da Paz Celestial

Ativistas de Hong Kong são acusados por ato para recordar Massacre na Praça da Paz Celestial

Treze figuras de destaque do movimento pró-democracia de Hong Kong compareceram nesta segunda-feira (13) diante de um tribunal, que os acusou de ter organizado uma manifestação não autorizada para recordar o Massacre da Praça da Paz Celestial.

No início de junho, uma multidão de moradores de Hong Kong contornaram a proibição de se reunir para celebrar o 31º aniversário da sangrenta intervenção do exército chinês na noite de 3 de junho de 1989 para conter os protestos estudantis a favor da democracia na China.

Nos últimos anos, essa comemoração adquiriu uma importância especial, pois muitas pessoas de Hong Kong se opõem à crescente influência do governo de Pequim no território semiautônomo.

Milhares de pessoas acenderam velas no parque Victoria e em vários bairros, apesar da proibição das autoridades – a primeira até o momento -, que fizeram alusão às medidas adotadas para combater a epidemia de coronavírus.

Mais tarde, a polícia anunciou a prisão de 13 militantes da linha de frente que haviam participado do ato.

Esses últimos compareceram hoje perante um tribunal, que os acusou formalmente de “incitação” a uma manifestação ilegal, pela qual podem ser condenados a até cinco anos de prisão.

Entre eles, estão um funcionário do setor de imprensa, Jimmy Lai – figura importante do movimento pró-democracia – e ativistas veteranos como Lee Cheuk-yan e Albert Ho, além do jovem Figo Chan.

Alguns dos acusados também são alvo de outras investigações por sua participação nos protestos massivos pró-democracia realizados em Hong Kong no ano passado.

Em 30 de junho, Pequim impôs uma lei de segurança nacional no território para impedir esse movimento de protesto contra o governo central.