O corpo do ativista LGBT Lindolfo Kosmaski, de 25 anos, foi encontrado carbonizado no município de São João do Triunfo, no Paraná, no último sábado (01).

Lindolfo, que atuava no Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e no Partido dos Trabalhadores, levou dois tiros e teve o corpo carbonizado dentro do próprio carro. O veículo foi encontrado perto da rodovia PR-151.

Benedito Camargo, primo da vítima, contou ao UOL que, antes de morrer, Kosmaski estava em um bar. “Ele era bem conhecido na região. Antes de morrer, ele pagou cerveja para todo mundo e depois sumiu. O celular dele ficou no estabelecimento. Uma amiga falou que Lindolfo teria recebido ameaça de morte dias antes de ser assassinado”, revelou.

A Polícia Civil do Paraná disse que, até o momento, o suspeito do crime ainda não foi identificado. As autoridades acreditam que o assassinato esteja ligado a homofobia.

Através de um comunicado, o PT afirmou que Kosmaski tinha uma trajetória inspiradora de luta. “Neste momento de dor, prestamos toda a solidariedade à família, amigos e esperamos que os órgãos competentes possam acelerar as investigações e encontrar os responsáveis por esse crime hediondo. LGBTfobia é crime e interrompe trajetórias como a de Lindolfo, em uma sociedade democrática e de direito não há espaço para barbárie, ódio e intolerância”, dizia a nota.

A vítima também atuava como professor da rede estadual e cursava mestrado na Universidade Federal do Paraná, no programa Educação em Ciências e em Matemática,