Uma ativista ambiental do Reino Unido venceu uma batalha judicial e conquistou o direito de receber 229 mil libras esterlinas (cerca de R$ 1,7 milhão) de indenização por ter sido enganada em um relacionamento amoroso por mais de um ano por um policial disfarçado. As informações são do jornal The Guardian e da BBC.

A Justiça entendeu que Kate Wilson teve seus direitos humanos violados pela polícia da Região Metropolitana de Londres entre 2003 e 2005, enquanto manteve um relacionamento com Mark Kennedy, policial que se passava por ativista ambiental em Nottingham, a cerca de 200 km de Londres.

O policial era casado e acredita-se que ele passou sete anos se infiltrando em grupos ambientalistas, onde chegou a manter relações sexuais com até outras dez mulheres durante sua missão.

A real identidade de Kennedy só foi descoberta por Kate cerca de cinco anos após o término do relacionamento, que durou de novembro de 2003 a fevereiro de 2005. Ela processou o Estado alegando que havia sido enganada e que sua intimidade teria sido violada.

Segundo o The Guardian, os três juízes que analisaram o caso destacaram as responsabilidades de oficiais superiores no esquema de espionagem. “Ou sabiam do relacionamento ou optaram por não saber de sua existência ou foram incompetentes e negligentes em não acompanhar os óbvios e claros sinais [do relacionamento]”, disseram na decisão.