ROMA, 22 DEZ (ANSA) – Documentos que vieram a público recentemente revelam que os dois atiradores do atentado na praia de Bondi, em Sydney, na Austrália, também lançaram ao menos quatro explosivos no local, como uma bola de tênis-bomba, sem terem sucesso com nenhum dos dispositivos.
Segundo a polícia, citada pela imprensa, câmeras de segurança registraram os suspeitos, Sajid e Naveed Akram, pai e filho, transportando “objetos volumosos” horas antes da ofensiva, ocorrida em 14 de dezembro.
Eles “planejaram meticulosamente este ataque terrorista por muitos meses”, afirmou a polícia.
Vídeos encontrados no celular de Naveed mostram que a dupla foi motivada por uma “ideologia extremista violenta” ligada ao Estado Islâmico. Em outra imagem, pai e filho, de 50 e 24 anos, aparecem treinando com armas em uma área rural, provavelmente no estado de Nova Gales do Sul.
As autoridades informaram que os itens utilizados no atentado incluíam três armas de fogo e quatro artefatos explosivos artesanais, incluindo uma bomba feita com uma bola de tênis, além de duas bandeiras do Estado Islâmico, que foram exibidas nos vidros dianteiro e traseiro do carro que estacionaram nas redondezas da praia.
Após pegarem as armas de fogo e as bombas, os Akram foram até a passarela de pedestres, de onde atiraram contra uma festa da comunidade judaica que estava sendo realizada em Bondi.
Os explosivos foram arremessados da passarela não explodiram.
Após o ataque, a polícia localizou uma quinta bomba no carro dos criminosos.
O atentado em Sydney deixou ao menos 15 mortos. Sajid Akram morreu baleado durante confronto com a polícia. Seu filho ficou gravemente ferido, mas sobreviveu.
Nesta segunda-feira (22), Naveed deixou o hospital, onde estava internado desde o ataque, sendo transferido para um presídio. Além dos homicídios, ele responderá por terrorismo e outros 39 crimes. (ANSA).