O presidente de Governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez, atingido por um escândalo de corrupção de dois colaboradores, respondeu, nesta segunda-feira (16), aos pedidos de renúncia da oposição.
“Que apresentem uma moção de censura e digam isso ao Parlamento e aos cidadãos e cidadãs que modelo de país querem para a Espanha”, disse Sánchez em coletiva de imprensa, dirigindo-se ao Partido Popular (PP), conservador e principal opositor, e ao partido de extrema direita Vox, que não somam a maioria no Congresso.
Sánchez compareceu à imprensa após uma longa reunião de seu partido para realizar mudanças depois de um relatório policial que acusa o número três do partido, Santos Cerdán, de cobrar suborno em troca de contratos públicos.
O relatório também acusa o ex-ministro e antigo braço direito de Sánchez, José Luis Ábalo, e o assessor dele, Koldo García.
Cerdán renunciou na sexta-feira como secretário de Organização do PSOE e nesta segunda como deputado, enquanto Ábalos foi expulso definitivamente do partido.
Ambos exerceram um papel de destaque quando Sánchez se tornou líder do PSOE em 2017, e ele pediu “perdão” na semana passada pelo escândalo.
O presidente do Governo defendeu a resposta rápida de seu partido, voltou a descartar que renunciaria ou anteciparia as eleições.
“O Partido Socialista Operário Espanhol é uma organização limpa, limpa”, disse Sánchez, de 53 anos. “Não vamos tapar a corrupção que surgir em nossas fileiras, por mais dolorosa que seja”.
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