Pelo menos três pessoas morreram e 15 ficaram feridas em um atentado suicida nos arredores de Cabul, segundo o ministério do Interior, no primeiro ataque na capital afegã em mais de um mês.

Um homem explodiu sua carga perto de um posto militar, informou um porta-voz deste ministério, Tareq Arian, em uma mensagem à imprensa.

O ataque foi “um crime cometido pelo inimigo do Afeganistão contra civis durante o mês do Ramadã”, condenou.

Segundo uma fonte da segurança, o ataque era aparentemente dirigido contra um acampamento das forças especiais nos arredores de Cabul.

Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelo ataque. Mas o Talibã anunciou, por meio de seu porta-voz Zabihullah Mujahid, que investigava se seus homens haviam participado da ação.

Segundo as Nações Unidas, a violência no Afeganistão aumentou em março, apesar da assinatura, em 29 de fevereiro, em Doha, de um acordo histórico entre os Estados Unidos e o Talibã, que estabeleceria as bases para um processo de paz.

Sob esse acordo, que prevê a retirada de tropas estrangeiras do Afeganistão em 14 meses em troca de garantias de segurança para os rebeldes, os insurgentes concordaram em não atacar grandes cidades ou as tropas internacionais.

No entanto, os ataques às forças de segurança afegãs nas áreas rurais e nas aldeias se multiplicaram, matando dezenas de soldados e policiais.

Desde o acordo de Doha, Cabul foi palco de dois grandes ataques, um contra um comício político reunindo xiitas e outro contra um templo frequentado por hindus e sikhs.

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) assumiu a responsabilidade por esses dois ataques, que causaram mais de 50 mortes.