Ao menos 37 integrantes das forças indianas na Caxemira morreram, nesta quinta-feira (14), em um atentado contra um comboio perto de Srinagar, anunciou a Polícia, no pior ataque deste tipo desde 2002.

“Um artefato artesanal explodiu no momento em que passava um comboio da CRPF (Central Reserve Police Force)”, disse à AFP um oficial desta força paramilitar, Munir Ahmed Khan, assegurando que não se sabe o número de feridos, que ainda estavam sendo evacuados.

Em uma mensagem pelo Twitter, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, assinalou que “o sacrifício de nossa corajosa equipe de segurança não será em vão”.

De acordo com Modi, o ataque foi “abominável”.

A agência de notícias Press Trust of India (PTI) indicou que o número de mortos superaria 39, enquanto outros relatos da imprensa mencionavam 40 vítimas fatais.

De acordo com a PTI, alguns dos corpos recuperados no local da explosão estavam em tais condições que as tarefas de identificação levarão tempo.

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O ataque ocorreu em uma estrada situada a 20 quilômetros de Srinagar. Os explosivos estavam instalados dentro de uma caminhonete e explodiram na passagem de um comboio de 78 veículos, onde viajavam 2.500 integrantes da força paramilitar.

Contudo, as autoridades ainda não sabem informar se a caminhonete com os explosivos foi conduzida por um suicida ou se a explosão foi controlada a distância.

Segundo a imprensa local, o grupo islamita Jaish-e-Mohammed, com base no Paquistão, reivindicou o atentado em comunicado.

Também no Twitter, o embaixador dos Estados Unidos na Índia, Kenneth Juster, expressou que “condena firmemente os atentados terroristas”.

A região da Caxemira é disputada pela Índia e pelo Paquistão desde 1947, quando terminou a colonização britânica. As forças na parte sob controle indiano estão estimadas em 500 mil homens.

Desde 1989 existe uma insurreição separatista na Caxemira indiana. A Índia acusa o Paquistão de apoiar clandestinamente as infiltrações e a rebelião armada, o que Islamabad sempre desmentiu.


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