Ao menos 11 pessoas, incluindo sete extremistas, morreram nesta sexta-feira (18) em um ataque com bomba contra o grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS) no noroeste da Síria, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

O HTS, dominado pelo ex-braço sírio da Al-Qaeda, controla toda a região de Idlib, onde estão presentes facções rivais e células adormecidas dos extremistas do grupo Estado Islâmico (EI).

“Um depósito de munições do Hayat Tahrir al-Sham” foi alvo de um ataque com bomba na cidade de Idlib, indicou à AFP o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.

Este último informou sobre a morte de sete extremistas e de outras quatro pessoas, das quais não se sabe se são civis ou combatentes.

“As informações preliminares indicam que teriam usado um carro-bomba”, indicou Abdel Rahman.

O diretor do OSDH considerou que o ataque era uma “vingança” do EI, já que o HTS executou na véspera alguns de seus membros.

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A província de Idlib é palco de lutas internas entre extremistas e rebeldes, muitas vezes com assassinatos dirigidos ou atentados com bomba.

Em 11 de janeiro, depois de vários dias de combates contra uma grande aliança rebelde, o HTS revelou um acordo de cessar-fogo que lhe permitiu estender o seu controle em toda a província de Idlib.

Esta província e os territórios insurgentes adjacentes são objeto desde setembro de um acordo russo turco sobre uma “zona desmilitarizada”, que permitiu evitar uma ofensiva militar do regime de Bashar al-Assad.

A guerra na Síria deixou mais de 360.000 mortos desde 2011.


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