Pelo menos 20 pessoas foram mortas nesta quarta-feira em um ataque suicida contra um ônibus da Guarda Revolucionária, o exército de elite do regime no Irã, no sul do país, informou a agência de notícias IRNA.

O ataque teve como alvo um ônibus que transportava membros da Guarda Revolucionária na estrada entre as localidades Khash e Zahedan, na província de Sistão-Baluchistão, disse a IRNA, citando uma “fonte informada” não identificada.

O atentado foi reivindicado pelo grupo extremista Jaish al-Adl. De acordo com a agência Fars, o grupo divulgou “um comunicado oficial afirmando ser responsável pelo ataque”.

Considerado como “grupo terrorista” pelo Irã, o Jaish al-Adl é formado por ex-membros de uma organização sunita extremista que conduziu uma rebelião sangrenta na província de Sistão-Baluchistão até 2010.

“Segundo informações, pelo menos 20 morreram como mártires e 20 ficaram feridos”, acrescentou a fonte citada pela IRNA.

Uma foto divulgada pela agência Fars mostrava os restos torcidos de um ônibus em uma estrada.

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A Guarda Revolucionária confirmou o ataque através de uma declaração na qual explica que as tropas estavam retornando da fronteira com o Paquistão.

“Um carro carregado de explosivos explodiu ao lado de um ônibus que transportava uma unidade da Guarda, o que causou o martírio e ferimentos aos protetores da fronteira de nossa pátria islâmica”, explica o texto.

Na província do Sistão-Baluchistão vive uma importante comunidade sunita com laços no vizinho Paquistão.

Em 29 de janeiro, três membros de uma equipe de desativação de explosivos ficaram feridos quando tentava desarmar um artefato na cidade de Zahedán. Um segundo explosivo explodiu ao lado do local onde eles trabalhavam, explicou a polícia.

No início de dezembro, duas pessoas morreram e outras 40 ficaram feridas na cidade portuária de Chabahar. O ataque foi obra de “terroristas com apoio externo”, denunciou o chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif.

O ataque mais sangrento que o Irã sofreu nos últimos tempos foi em setembro, quando um grupo matou 24 pessoas durante uma parada militar na cidade de Ahvaz (sudoeste).


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