Até quando vão as chuvas no Rio Grande do Sul? Veja a previsão para os próximos dias

As chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde o último sábado, 29, e que já deixaram 37 mortos, 74 desaparecidos e milhares de desabrigados devem continuar pelos próximos dias. Segundo a previsão dos meteorologistas, a situação começará a ficar mais amena a partir de domingo, 5.

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Até o sábado, 4, o acumulado pode chegar a mais de 250 mm. As regiões nordeste e norte do Estado devem ser as mais afetadas. Parte de Santa Catarina também sofrerá com os temporais.

De acordo com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), o nível do Rio Guaíba, em Porto Alegre, pode chegar a 5m e superar o maior patamar histórico — 4,76, registrado em 1941,

“A instabilidade segue sobre o Rio Grande do Sul. É aquele canal de umidade que está vindo do norte do País e que vai, infelizmente, continuar nos próximos dias”, disse a meteorologista Cátia Valente, em transmissão feita com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), na noite de quinta-feira.

“Temos volumes de chuva ainda muito elevados nas partes noroeste, norte gaúcho e o fluxo segue passando na região central do Estado, indo em direção à Serra, ao litoral norte, e também em Campos de Cima da Serra e toda a região dos vales. A expectativa é de que os volumes de chuva acumulados podem chegar aos 250 mm ao longo dessa sexta-feira e também do sábado”, completou.

No domingo, a chuva deve continuar, mas em menor intensidade. No começo da semana que vem, segundo Estael Sias, meteorologista da MetSul, as chuvas devem dar trégua.

“Mas é importante entender todo o contexto da melhora do tempo e o que vai ocorrer até o tempo firmar, mesmo que brevemente”, afirma Estael em nota publicada no site da empresa nessa quinta. 2.

Na semana que vem, a previsão é de sol e de calor predominante. As máximas podem chegar a 35ºC em algumas cidades. Em Porto Alegre, as temperaturas devem alcançar de 32ºC a 34ºC. O carlor continuará na quinta-feira, e as chuvas e temporais devem ficar concentradas no extremo sul do Estado e próximo das fronteiras.

“O que vimos na enchente de setembro foi um grande volume de chuva, subiu muito rapidamente. No outro dia, estávamos fazendo o resgate de pessoas e água estava baixando. Nesse momento, há grande volume disperso ao longo da semana. E como vai continuar chovendo, os rios vão continuar elevados no final de semana. Eles estão em patamares históricos e podem ter ainda algum grau de elevação”.

Microexplosões atmosféricas devem atingir RS e SC

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Santa Catarina e Rio Grande do Sul poderão sofrer as consequências de microexplosão atmosférica, fenômeno caracterizado pelo deslocamento violento de uma corrente de ar em direção ao solo, provocando ventos extremamente fortes.

O fenômeno é o oposto do tornado, quando os ventos em direção ao solo convergem, formando um redemoinho. Mas o poder destrutivo é semelhante.