Uma recente proposta do presidente americano, Donald Trump, de elevar drasticamente a taxa do visto para trabalhadores qualificados gerou repercussão internacional e levantou o debate sobre os custos para viver e trabalhar em outros países. A medida alteraria o visto H-1B, popular entre especialistas de tecnologia e saúde, de cerca de US$ 5 mil para US$ 100 mil. Contudo, outros vistos de residência e investimento ao redor do mundo já apresentam custos ainda mais elevados, exigindo aportes que podem ultrapassar a casa do milhão de dólar.
- Visto H-1B (EUA): Uma proposta de Donald Trump pode aumentar a taxa para trabalhadores qualificados para US$ 100 mil.
- Visto EB-5 (EUA): Exige um investimento mínimo de US$ 800 mil e a criação de dez empregos para conceder a residência.
- Visto Gold (Portugal): Requer um aporte de capital a partir de € 500 mil em fundos de investimento.
- Visto de Investidor (Luxemburgo): As exigências incluem investir € 500 mil em uma empresa ou depositar € 20 milhões em um banco local.
- Residência (Mônaco): É necessário comprovar meios de subsistência e realizar um depósito bancário de € 500 mil.
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Nos Estados Unidos, além da polêmica envolvendo o visto H-1B, o país já possui uma das autorizações de residência mais caras do mundo: o visto EB-5. Para obtê-lo, o solicitante precisa fazer um investimento de capital de, no mínimo, US$ 800 mil (cerca de R$ 4,3 milhões) em uma nova empresa comercial localizada em uma área de emprego alvo, além de gerar dez empregos em tempo integral para trabalhadores americanos. Fora dessas áreas, o valor do aporte sobe para US$ 1,05 milhão.
Na Europa, os chamados “Vistos Gold” também se destacam. Em Portugal, o programa exige um investimento mínimo de € 500 mil (aproximadamente R$ 2,9 milhões) em fundos de investimento ou na criação de uma empresa que gere postos de trabalho. Já em Luxemburgo, as condições para o visto de investidor são ainda mais rigorosas, incluindo a aplicação de € 500 mil em uma empresa existente ou a criação de uma nova com ao menos cinco vagas de emprego. Uma alternativa é manter um depósito de € 20 milhões em uma instituição financeira do país por, no mínimo, cinco anos.
O principado de Mônaco, conhecido por seu mercado de luxo, oferece o visto de residência Carte de Séjour, que não está atrelado a um perfil de investidor, mas possui altas exigências financeiras. Os candidatos devem comprar ou alugar um imóvel no país, apresentar provas de que possuem recursos para se sustentar e realizar um depósito de € 500 mil em um banco monegasco.
De forma distinta, os Emirados Árabes Unidos criaram uma categoria de visto que valoriza o capital cultural em vez do financeiro. Além das modalidades para investidores milionários, o país oferece uma autorização especial para talentos criativos, como artistas e influenciadores digitais. Para se qualificar, não há um custo fixo, mas é preciso comprovar um histórico de conteúdo de impacto, reconhecimento na área e potencial de contribuição para a comunidade criativa local.