O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, anunciou nesta terça-feira (18) que o número de mortos nos bombardeios israelenses das últimas horas no território palestino devastado subiu para 413.
“Até o momento, 413 mártires chegaram aos hospitais da Faixa de Gaza”, informa um comunicado do Ministério da Saúde.
“Muitas vítimas permanecem sob os escombros e estamos trabalhando para recuperá-las”, acrescentou.
Após a noite de intensos bombardeios, o Exército israelense ordenou que os moradores de Gaza abandonem as zonas fronteiriças.
A ordem de evacuação está em vigor “especialmente” para as áreas de Beit Hanoun, no norte da Faixa, Khirbet Khuzaa, Abasan al Kabira e Abasan al Jadida, no sul, que são “zonas de combate perigosas”, anunciou na rede social X o porta-voz em idioma árabe do Exército, Avichay Adraee.
Ele também afirmou que os habitantes de Gaza devem seguir “para os abrigos no oeste da cidade de Gaza e na cidade de Khan Yunis”.
O ministro israelense da Defesa, Israel Katz, afirmou que o país continuará combatendo na Faixa de Gaza “até que todos os reféns tenham retornado”.
“Não vamos parar de lutar até que todos os reféns tenham retornado para suas casas e que todos os objetivos da guerra tenham sido cumpridos”, afirmou Katz em um comunicado. Entre as metas do governo israelense estão, além do retorno dos sequestrados (vivos e mortos), a destruição do Hamas como força militar ou política na Faixa de Gaza.
Após os bombardeios, o Hamas afirmou que “trabalha com os mediadores” internacionais para “frear a agressão de Israel”.
O Hamas “aceitou o acordo de cessar-fogo e o aplicou completamente, mas a ocupação israelense renegou seus compromissos (…) ao retomar a agressão e a guerra”, afirmou uma fonte do movimento islamista.