Pelo menos 21 pessoas morreram neste sábado (22) em ataques israelenses na Faixa de Gaza, segundo a Defesa Civil, um balanço que fragiliza ainda mais a trégua no território palestino.
Israel afirmou ter respondido a um ataque do Hamas e anunciou a morte de cinco de seus dirigentes. O Exército israelense retomou seus bombardeios na última quarta-feira.
Israel e Hamas se acusam mutuamente de violar a trégua que entrou em vigor em 10 de outubro, após dois anos de conflito.
O Exército israelense afirmou hoje estar “atacando alvos terroristas do Hamas”, em resposta ao ataque de um “terrorista armado” contra seus soldados no sul do território.
Os bombardeios israelenses deixaram 21 mortos em Gaza e em Deir al-Balah e Nuseirat, informou à AFP Mahmud Basal, porta-voz da Defesa Civil, uma organização de primeiros socorros que atua sob a autoridade do Hamas.
No hospital Al-Aqsa, em Deir al-Balah, a AFP registrou imagens de ambulâncias chegando com feridos, incluindo crianças.
O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciou posteriormente que o Exército havia matado cinco “terroristas do alto escalão” do movimento islamista palestino, acusando-o de ter “voltado a violar o cessar-fogo ao enviar um terrorista a território controlado por Israel”.
O Hamas também acusou Israel de não respeitar o acordo de cessar-fogo, afirmando que o país quer ampliar o território que controla na Faixa de Gaza além dos limites acordados.
Devido às restrições impostas aos veículos de comunicação no território palestino, a AFP não pode verificar de forma independente as informações das diferentes partes.
O Exército israelense também anunciou neste sábado novos ataques contra o Hezbollah no sul do Líbano, apesar do cessar-fogo acordado com o movimento pró-Irã, que acusa de tentar se rearmar.
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