O Exército israelense anunciou ataques contra alvos do Hezbollah no vale do Bekaa, no leste do Líbano, nesta terça-feira (15), que deixaram 12 mortos, segundo a agência de notícias oficial libanesa ANI, apesar do acordo de cessar-fogo em vigor desde novembro de 2024.
“Aviões de combate inimigos realizaram ataques na área de Wadi Fara, no norte do vale de Bekaa, um dos quais teve como alvo um acampamento para sírios deslocados, matando 12 mártires, incluindo sete sírios, e ferindo outros oito”, informou a ANI.
“Aviões da Força Aérea, guiados pela inteligência militar e pelo comando norte, começaram a atingir vários alvos terroristas da organização terrorista Hezbollah, na região libanesa de Bekaa”, afirma um comunicado militar, que cita “acampamentos militares” da “força Radwan”, a unidade militar de elite do Hezbollah.
“Os complexos militares atacados eram utilizados pela organização terrorista Hezbollah para treinar terroristas com o objetivo de planejar e executar atentados terroristas contra as tropas (israelenses) e o Estado de Israel”, afirmou o Exército.
Segundo o comunicado, uma operação militar israelense em setembro de 2024 matou os comandantes da força Radwan em Beirute e no sul do Líbano, mas “desde então, a unidade trabalha para restabelecer suas capacidades”.
“O armazenamento de armas e as atividades da organização terrorista Hezbollah nestes locais constituem uma violação flagrante dos acordos entre Israel e Líbano e representam uma ameaça futura para o Estado de Israel”, acrescenta o comunicado.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, disse que os ataques eram “uma mensagem clara” ao Hezbollah e ao governo libanês, “que é responsável por respeitar o acordo de cessar-fogo”.
“Atacaremos todos os terroristas e combateremos qualquer ameaça contra os habitantes do norte e o Estado de Israel, e retaliaremos com força máxima qualquer tentativa de reconstrução”, declarou no comunicado.
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