A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmou, nesta terça-feira (17), que “identificou novos elementos que demonstram impactos diretos em salas subterrâneas” na instalação nuclear iraniana de Natanz, após o bombardeio israelense.
Israel, uma potência nuclear não oficial, iniciou seus ataques na sexta-feira com o objetivo declarado de interromper o programa nuclear iraniano. Desde então, os dois países têm trocado ataques.
A agência da ONU havia indicado no dia anterior que “não tinha indícios” de tal ataque e considerou que apenas os prédios acima do solo da usina de enriquecimento de urânio haviam sido afetados.
No entanto, revisou sua avaliação nesta terça-feira, com base em “uma análise contínua de imagens de satélite de alta resolução”, explicou em uma mensagem publicada na rede social X.
A usina de Natanz, no centro do país, é a mais conhecida das instalações nucleares do Irã, e sua existência veio à tona em 2002.
Consiste em dois prédios, um deles subterrâneo para proteção contra esse tipo de ataque, e um total de quase 70 cascatas de centrífugas, usadas para enriquecer urânio.
Potências ocidentais, incluindo Estados Unidos e Israel, suspeitam que o Irã deseja desenvolver armas nucleares.
Teerã, no entanto, nega as acusações e afirma estar desenvolvendo um programa nuclear civil.
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