TEERÃ, 15 JUN (ANSA) – O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo (15) que os ataques iranianos contra o país, iniciados na última sexta (13), já mataram pelo menos 13 pessoas.
Em um comunicado, o chefe de governo israelense acrescentou que três crianças estão entre as vítimas e nove foram hospitalizadas em estado grave de saúde. Por fim, o político declarou que 341 pessoas ficaram levemente feridas.
Os números poderão aumentar em breve, pois a imprensa local afirma que três indivíduos continuam desaparecidos após o ataque noturno do Irã a um prédio de apartamentos em Bat Yam, no centro de Israel. O exército do país não descartou que novos bombardeios ocorram nos próximos dias.
“Dias difíceis estão por vir. Haverá mais lançamentos e mais impactos. Dezenas de alvos em Teerã também estão sendo atacados neste exato momento, para aumentar os danos ao programa nuclear e às capacidades militares, e reduzir o risco para a retaguarda”, informou o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Effie Defrin, acrescentando que cerca de 20 drones lançados do Irã foram interceptados nas últimas horas.
As IDF também informaram que Israel atacou a sede nuclear do Irã, além disso, confirmaram que bombardearam ontem Sanaã, no Iêmen, para tentar eliminar o chefe do Estado-Maior dos houthis, Muhammad Al-Ghamari. O resultado da ofensiva ainda é desconhecido.
Após a nova chuva de mísseis que percorreu o céu israelense, os Ministérios dos Transportes e das Relações Exteriores do país informaram que o espaço aéreo permanecerá fechado pelo terceiro dia consecutivo hoje.
Pelo lado iraniano, o governo afirmou que Israel “cruzou uma nova linha vermelha” ao ter atacado posições nucleares, pois é uma ação “proibida sob qualquer condição”.
“Os ataques incluíram aqueles na instalação nuclear em Natanz e também em cidades iranianas, que mataram vários cidadãos. Isso ocorreu enquanto estávamos em meio às negociações nucleares com os Estados Unidos, cuja sexta rodada deveria ter sido realizada”, disse o ministro das Relações Exteriores de Teerã, Abbas Araghchi.
O chefe da diplomacia iraniana ainda criticou o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) por sua “indiferença” aos recentes movimentos do exército israelense contra o país persa.
“Estamos confiantes de que nossas atividades nucleares são pacíficas e, se houver um acordo que prive o Irã de seu direito de realizar atividades nucleares, é claro que não estaremos dispostos a aceitá-lo. Está claro que o regime israelense não quer nenhum acordo sobre a questão nuclear. Não quer negociações e não busca diplomacia”, declarou o chanceler.
Por fim, Araghchi declarou que não deseja estender o conflito a outros países ou regiões e garantiu que os ataques a Israel só acabarão quando o país encerrar sua campanha milita contra Teerã. (ANSA).