Os cinco candidatos às eleições presidenciais do México protagonizaram na noite de domingo seu primeiro debate com ataques contra o favorito nas pesquisas, o esquerdista Andrés Manuel López Obrador, e a violência e corrupção o centroi das discussões.

López Obrador, candidato pela terceira vez, foi recriminado unanimente pela proposta de oferecer anistia aos criminosos a fim de alcançar a paz no México, que registra níveis recorde de violência.

Ricardo Anaya, candidato por uma coalizão entre seu partido conservador Ação Nacional e os esqueristas Partido da Revolução Democrática e Movimento Ciudadão, chamou a proposta de loucura, e José Antonio Meade, do Partido Revolucionário Institucional (PRI no poder), acusou López Obrador de ter virado “marionete dos criminosos”.

O favorito nas pesquisas alegou que “anisita não significa impunidade” e prometeu elaborar um plano com especialistas para definir sua proposta.

Na questão da corrupção, Meade foi quetionado duramente por ser candidato do PRI, há décadas assinalado como corrupto e que, somado à violência, transformou o presidente Enrique Peña Nieto em um dos mais impopulares do México.

Para combater a corrupção criminalidade, Jaime Rodríguez Calderón, conhecido como “El Bronco” e candidato independente, lançou uma polêmica proposta de cortar a mão dos marginais.

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Para o analista político Leo Zuckermann, o debate pode ter beneficiado Anaya, que, segundo ele, poderá começar a subir nas pesquisas.

Mas o historiador Héctor Aguilar Camín antecipa que este debate não modificará muito a disputa.

Os mexicanos vão às urnas em 1o. de julho para eleger presidente e renovar as duas câmaras do Congresso.


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