Ataques com drones russos contra a Ucrânia diminuíram em agosto, segundo análise da AFP

Os bombardeios russos contra a Ucrânia com drones de longo alcance diminuíram em um terço em agosto em relação a julho, de acordo com uma análise da AFP realizada nesta segunda-feira(1º), em um contexto de esforços diplomáticos intensos para pôr fim à guerra.

Essa redução ocorre após meses de intensificação dos ataques aéreos russos e coincide com a reunião entre Donald Trump e seu homólogo russo Vladimir Putin no Alasca, e o encontro posterior entre o presidente americano e o líder ucraniano, Volodimir Zelensky, em Washington.

Embora esses esforços tenham trazido esperança de avanços nas negociações para alcançar o fim da invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022, o assunto pouco avançou desde então.

Segundo a análise dos relatórios diários da Força Aérea da Ucrânia, a Rússia lançou 4.132 drones em seus ataques noturnos em agosto, uma redução de 34% em relação a julho.

No entanto, os bombardeios russos continuam sendo mortais e provocam muitas vítimas entre a população civil.

Kiev, a capital ucraniana, sofreu no dia 28 de agosto um dos ataques mais devastadores com drones e mísseis, que matou 25 pessoas, incluindo várias crianças, muitas de um mesmo edifício.

Em julho, Moscou lançou 6.297 drones de longo alcance e 198 mísseis contra a Ucrânia, segundo os relatórios ucranianos, um recorde desde o início da guerra.

Esses relatórios militares são “indicativos” e, na maioria dos casos, apenas incluem os ataques noturnos, declarou à AFP a Força Aérea, segundo a qual o número total de drones de longo alcance utilizados pelo Exército russo é sem dúvida maior.

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