Por Nidal al-Mughrabi e Stephen Farrell

GAZA/ JERUSALÉM (Reuters) – Um ataque aéreo israelense em Gaza destruiu várias casas neste domingo, matando 42 palestinos, incluindo 10 crianças, disseram autoridades de saúde, enquanto militantes disparavam foguetes contra Israel, sem fim à vista para sete dias de combates.

Os militares israelenses disseram que as vítimas civis não foram intencionais. Eles afirmaram que seus jatos atacaram um sistema de túneis usado por militantes, que desabou, derrubando as casas.

O Hamas, grupo militante que controla Gaza, chamou isso de “matança premeditada”.

Enquanto o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se reunia para discutir a pior violência no local em anos, o primeiro-ministro israelense, Benjamin, Netanyahu disse que a campanha de Israel em Gaza continuava com “força total”.

“Estamos agindo agora, pelo tempo que seja necessário, para restaurar a calma e a tranquilidade de vocês, os cidadãos de Israel. Vai demorar um pouco”, afirmou durante discurso televisionado.

O número de mortos em Gaza saltou para 192, incluindo 58 crianças, disse seu Ministério da Saúde, em meio a uma intensa barragem aérea e de artilharia israelense desde o início dos combates na última segunda-feira.

Dez pessoas foram mortas em Israel, incluindo duas crianças, disseram autoridades israelenses.

Os ataques antes do amanhecer tiveram como alvo casas no centro da Cidade de Gaza, disseram autoridades de Saúde da Palestina.

Palestinos limpando os destroços de um prédio destruído pelos ataques aéreos recuperaram os corpos de uma mulher e um homem.

“São momentos de horror que ninguém pode descrever. Como se um terremoto tivesse atingido a região”, disse Mahmoud Hmaid, pai de sete filhos que estava ajudando as operações de resgate.

No outro lado da fronteira, na cidade israelense de Ashkelon, Zvi Daphna, médico cujo bairro foi atingido por vários foguetes, descreveu um sentimento de “medo e terror”.

O exército israelense disse que o Hamas e outros grupos armados dispararam mais de 2.800 foguetes durante o conflito de seis dias.  

O gabinete de Segurança de Israel se reuniu neste domingo para discutir os próximos passos, no momento em que há esforços diplomáticos que tentam restaurar a calma.

(Reportagem adicional de Eli Berlizon em Ashkelon e Michelle Nichols em Nova York)