Existem diferentes maneiras de se jogar futebol com eficiência. Por ironia do destino, um dia após a morte de um símbolo de ofensividade, um duelo entre representantes das escolas mais vistosas do planeta vão a campo tentando pôr a segurança defensiva em primeiro lugar: pela Copa Sul-Americana, Defensa y Justicia e Vasco se enfrentam na Argentina.

É pelo jogo de ida das oitavas de final da competição, e tanto o time comandado por Hernán Crespo quanto o que é treinado por Ricardo Sá Pinto têm jogado com três zagueiros. O treinador , contaminado pela Covid-19, ficou no Rio e será representado, à beira do campo, pelo auxiliar-técnico Alexandre Grasseli. Mas foi o português quem adotou a tática que melhorou a retaguarda vascaína.

– Eu nunca tinha jogado nesse esquema, mas o vejo com bons olhos. O professor vem nos posicionando bem, mostrando o que ele quer. No jogo de copa é mais importante ainda. Contra o São Paulo, soubemos nos defender, mas, em alguns momentos, para finalizar, não escolhemos as melhores jogadores – explicou o volante Marcos Junior, provável titular. E ele concluiu:

– Num jogo de copa, nos defendendo como fizemos contra o São Paulo, e sabendo escolher as melhores jogadas vamos tirar proveito, até porque é jogo lá e cá (tem segunda partida, em São Januário). E todos sabem que somos fortes em casa – lembrou.

Os argentinos já têm o sistema tático com três zagueiros como habitual; o Vasco tenta se tornar também ofensivo. Em algum momento será preciso ser também ofensivo para ter sucesso o que Maradona deixou de legado.