Uma base do exército no norte do Mali foi alvo nesta sexta-feira (8) de um ataque suicida, um dia após os atentados contra uma instalação militar e contra uma embarcação, atribuídos a grupos extremistas e que mataram pelo menos 64 pessoas.

O Exército informou nas redes sociais que parte do aeroporto de uma base em Gao foi atingida por um ataque “complexo”. Sem revelar outros detalhes, os militares afirmaram que “uma resposta e uma avaliação estão em curso”.

Esta região – no centro de uma insurgência extremista que afeta mais três países da região do Sahel – registrou um aumento da tensão nas últimas semanas, em parte pela saída do Mali de um contingente de paz da ONU.

Os ataques de quinta-feira atingiram o barco “Tombuctu” e uma “posição do Exército” em Bamba (norte), com “um balanço provisório de 49 civis e 15 soldados mortos”, informou o governo.

O Grupo de Apoio ao Islã e aos Muçulmanos (GSIM), uma organização extremista vinculada à Al-Qaeda, reivindicou o ataque contra a base militar de Bamba, segundo a ONG especializada americana SITE.

O governo malinês afirmou que o GSIM também assumiu a responsabilidade pelo outro ataque.

O controle territorial é uma questão importante para os militares que tomaram o poder em 2020 no Mali e que decretaram a saída de um contingente da França em 2022 e da missão da ONU em 2023, em uma aproximação da Rússia.

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