Ataque palestino contra ônibus em Jerusalém mata ao menos 6

TEL AVIV, 8 SET (ANSA) – Ao menos seis pessoas morreram e mais de 10 ficaram feridas no atentado a tiros dentro de um ônibus ocorrido na manhã desta segunda-feira (8) em Jerusalém. Os dois atiradores, oriundos de um vilarejo na Cisjordânia, foram mortos pela polícia israelense.   

O primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, que compareceu ao local do atentado, na zona norte da cidade, está avaliando a situação com autoridades de segurança nacional, informou seu gabinete.   

“Estamos empenhados em uma guerra feroz contra o terrorismo.   

Até agora, tivemos sucessos, mas infelizmente não nesta manhã”, afirmou Netanyahu.   

Já o Hamas celebrou o ataque na cidade israelense.   

“Louvamos a ação heroica, uma resposta natural aos crimes de ocupação”, escreveu o grupo fundamentalista no Telegram.   

Segundo a reconstituição do atentado, dois palestinos entraram em um ônibus e abriram fogo contra seus passageiros, matando ao menos seis e deixando mais de 10 feridos.   

As autoridades israelenses informaram que entre as vítimas estão três rabinos, sendo Levi Yitzhak Fash, que não teve a idade divulgada; Israel Menatzer, de 28 anos e Yosef David, de 43. Outra pessoa que perdeu a vida no tiroteio é o imigrante espanhol Yaakov Pinto, 25, recém-casado e que havia se mudado há pouco para Jerusalém. Os outros dois mortos são um homem e uma mulher, que não tiveram as identidades reveladas.   

Um paramédico que atendeu as vítimas contou ao noticiário do Channel 12 que viu “pessoas inconscientes na beira da estrada e na calçada perto do ponto de ônibus”.   

“Havia muita destruição no local, cacos de vidro no chão e muita confusão. Começamos a prestar atendimento médico aos feridos e continuamos a atendê-los e a transportá-los para o hospital”, acrescentou.   

Os atiradores são oriundos de dois vilarejos na Cisjordânia, Kubiba e Katna, onde as Forças de Defesa de Israel (IDF) criaram um cordão de segurança. As autoridades também afirmaram que os dois não tinham permissão para entrar em território israelense e conseguiram acessar o país judeu por uma brecha na cerca de segurança.   

A União Europeia condenou o atentado, que ocorre em meio à guerra na Faixa de Gaza, prestes a completar dois anos em outubro.   

“Condenamos o ataque a Jerusalém, assim como condenamos qualquer perda de vidas. Apelamos para a desescalada [do conflito no enclave] e este episódio demonstra a importância de uma trégua”, disse um porta-voz da Comissão Europeia, antes de concluir: “Civis de ambos os lados já sofreram demais por muito tempo. Agora precisamos quebrar o ciclo de violência”.   

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, também condenou “com força máxima” o tiroteio na cidade israelense.   

“A violência precisa acabar no Oriente Médio. Condeno veementemente o ataque terrorista de hoje em Jerusalém Oriental.   

Minhas sinceras condolências às famílias das vítimas e ao povo israelense. Somente uma solução política pode levar a uma paz duradoura em Israel e na Palestina”, escreveu Costa no X.   

(ANSA).