Um ataque ao Líbano neste sábado, 1º, deixou três brasileiros feridos. Eles viviam em Saddikine, no sul do país.
As vítimas são Fatima Boustani, de 30 anos, internada em estado grave, e seus dois filhos. A menina, de 10 anos, sofreu ferimentos graves na perna e passou por cirurgia. O menino, de nove, está estável.
Em entrevista ao site g1, Ezzddein, primo de Ahmad Aidibi, marido de Fatima, disse que o estado da brasileira é gravíssimo. O pai das crianças está hospedado na casa de Ezzddein, em Itapevi, na Grande São Paulo. “Ele está desesperado, só grita e não come”, relatou o primo.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores condenou o bombardeio de informou que está em contato com os familiares e com a equipe médica, e presta o apoio consular.
“O governo brasileiro manifesta sua indignação e condena o bombardeio de ontem…em Saddikine”, afirma nota do Itamaraty, citando que o episódio ocorreu no contexto de ataques das forças armadas israelenses no sul do Líbano e do Hezbollah no norte de Israel.
A embaixada brasileira em Beirute pediu que os cidadãos brasileiros evitem o sul do país, que faz fronteira com o norte de Israel, e demais áreas de divisa.
A região é dominada pela facção islâmica Hezbollah, que vem trocando ataques com Israel simultaneamente ao conflito com o Hamas.
“O Brasil exorta as partes envolvidas nas hostilidades à máxima contenção, assim como ao respeito aos direitos humanos e ao direito humanitário, de forma que se previna o alastramento do conflito em Gaza e se evitem novas vítimas civis inocentes”, acrescentou a nota do Itamaraty.
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Ondas de fumaça durante um ataque israelense na vila fronteiriça de Khiam, no sul do Líbano, em 1 de junho de 2024