KIEV, 14 NOV (ANSA) – Ao menos quatro pessoas morreram na Ucrânia e dezenas ficaram feridas em meio aos novos ataques russos no país, incluindo Kiev, alvo de um bombardeio “massivo”, na noite desta sexta-feira (14). A primeira-ministra local, Yulia Svyrydenko, prometeu “fazer justiça”.
Segundo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a Rússia lançou contra seu território com “nada menos que 430 drones e 18 mísseis balísticos”, confirmando quatro vítimas fatais.
Foi “um ataque deliberadamente calculado cujo objetivo era causar sofrimento máximo à população e o máximo de danos à infraestrutura civil”, declarou o chefe de Estado.
Em Kiev, as explosões começaram a partir da 0h45 local (19h45 de Brasília) e atingiram “muitos edifícios em toda a cidade, em praticamente todos os bairros”, escreveu nas redes sociais o chefe da administração militar da capital, Tymur Tkachenko, acrescentando que os serviços de emergência “salvaram dezenas de pessoas”, contabilizando ao menos 15 feridos.
A cidade de Chornomorsk, na região de Odessa, também foi alvo das tropas de Moscou, que ao atingirem um mercado, mataram dois civis e feriram outros sete, deixando alguns em “estado grave”, relatou o governador local, Oleg Kiper, no Telegram, confirmando que o bombardeio “cínico” danificou uma praça, comércios e carros.
“Cada ataque desse tipo ressalta uma verdade clara e urgente: a Ucrânia precisa de defesas aéreas e de medidas decisivas para aumentar a pressão sobre o agressor, como congelar os ativos russos o quanto antes. Trata-se de uma necessidade estratégica”, escreveu no X a premiê Svyrydenko, prometendo que “justiça será feita pelas vidas perdidas, casas e famílias destruídas”.
O Ministério da Defesa russo confirmou a “ofensiva massiva” com drones e mísseis “contra alvos do complexo militar-industrial e de energia da Ucrânia”.
Em comunicado no Telegram, a pasta justificou o bombardeio como “uma resposta aos ataques terroristas contra alvos civis no território da Rússia”. O ministério também afirmou ter abatido 216 drones ucranianos durante a noite. (ANSA).