O ataque do movimento islamista palestino Hamas de 7 de outubro em Israel deixou 1.163 mortos do lado israelense, em sua maioria civis, segundo um novo balanço realizado pela AFP com os últimos dados oficiais disponibilizados nesta quinta-feira (1º).

A AFP cruzou os dados publicados em separado pelo Instituto Nacional de Seguros (Bituaj Leumi), Exército, Polícia, Serviço de Segurança Interior (Shin Bet) e o gabinete do primeiro-ministro.

Esse novo número é superior ao obtido com o mesmo método em meados de dezembro (1.139 mortos), devido especialmente à contabilização de pessoas feitas reféns em 7 de outubro por comandos do Hamas e cujas mortes foram confirmadas posteriormente.

Segundo o Bituaj Leumi, 767 civis, entre eles 76 não israelenses, foram assassinados em 7 de outubro no ataque mais mortal desde a criação do Estado de Israel.

Nesse shabat, que marcava o último dia da festividade judaica de Sucot, centenas de homens armados do Hamas se infiltraram no sul do país a partir da Faixa de Gaza, matando indiscriminadamente nas ruas e casas de várias cidades e kibutzim, e em um festival de música.

Aos 767 civis registrados por Bituaj Leumi se somam outros 20 (19 israelenses e um tanzaniano) sequestrados e levados à Faixa de Gaza, onde o Exército israelense confirmou que morreram.

Também se somam 60 policiais, 10 membros do Shin Bet e 306 soldados mortos em 7 de outubro e nos três dias seguintes. Uma pessoa segue desaparecida.

Os dados de Bituaj Leumi não permitem distinguir o número de vítimas do Hamas do de civis mortos nas mãos das forças israelenses durante os combates para recuperar o controle dos kibutzim e das cidades atacadas.

Durante a operação, o Exército disparou projéteis e foguetes contra zonas habitadas para desalojar os agressores, segundo depoimentos recolhidos pela AFP e meios de comunicação israelenses.

A vítima mais jovem oficialmente registrada é um bebê que morreu 14 horas depois de nascer em uma cesárea de urgência. Sua mãe estava grávida de 9 meses e atiraram nela. A vítima mais velha foi uma mulher de 94 anos.

Em resposta ao ataque, Israel prometeu “aniquilar” o Hamas e lançou uma ofensiva que deixou mais de 27.000 mortos na Faixa de Gaza, em sua maioria mulheres e menores, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007.

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