Ataque de Israel mata 35 pessoas em Gaza, muitas em local de ajuda humanitária

Benjamin Netanyahu
Benjamin Netanyahu Foto: REUTERS/Ronen Zvulun

Ataques aéreos e disparos israelenses mataram pelo menos 35 palestinos na Faixa de Gaza, a maioria perto de um ponto de distribuição de ajuda operado pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês), apoiada pelos Estados Unidos, informaram autoridades locais de saúde.

Os médicos dos hospitais Al-Awda e Al-Aqsa, nas áreas centrais de Gaza, para onde a maioria dos feridos foi levada, disseram que pelo menos 15 pessoas morreram enquanto tentavam alcançar o local de distribuição de ajuda da GHF, perto do corredor de Netzarim.

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O restante foi morto em ataques separados por todo o enclave, acrescentaram. Não houve nenhum comentário imediato por parte dos militares israelenses ou da GHF sobre os incidentes deste sábado.

A GHF começou a distribuir pacotes de alimentos em Gaza no final de maio, supervisionando um novo modelo de distribuição de assistência que, segundo a ONU, não é imparcial nem neutro.

O Ministério da Saúde de Gaza disse em um comunicado neste sábado que, até o momento, pelo menos 274 pessoas foram mortas e mais de 2.000 ficaram feridas perto de pontos de distribuição de ajuda desde que a GHF começou a operar em Gaza.

O Hamas, que nega acusações israelenses de roubar assistência, acusou Israel de “usar a fome como arma de guerra e transformar os locais de ajuda em armadilhas de morte em massa de civis inocentes”.

Mais tarde neste sábado, autoridades de saúde do Hospital Shifa, em Gaza, disseram que o fogo israelense matou pelo menos 12 palestinos que aguardavam a chegada de caminhões de ajuda ao longo da estrada costeira, no norte da Faixa de Gaza, elevando o número de mortos no sábado para pelo menos 35.

Militares israelenses ordenaram que os moradores de Khan Younis e das cidades vizinhas de Abassan e Bani Suhaila, no sul da Faixa de Gaza, deixassem suas casas e seguissem para o oeste, para a chamada zona humanitária, afirmando que trabalhariam com força contra “organizações terroristas” na área.