Um ataque armado de um grupo criminoso que invadiu um salão de sinuca a tiros na noite de sexta-feira deixou sete mortos e quatro feridos no oeste do Equador, informou a polícia neste sábado (13).
A instituição classificou o fato como uma ação “seletiva” por parte de uma gangue para controlar o território em Santo Domingo, a cerca de 160 km de Quito.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram como vários homens, a maioria com o rosto coberto, abrem fogo enquanto as pessoas jogavam sinuca.
Ponto de partida da cocaína que viaja com destino aos Estados Unidos e à Europa, o Equador é um centro de operações de grupos dedicados a múltiplos crimes, como extorsão e assassinatos por encomenda. Alguns deles estão associados a cartéis mexicanos, colombianos e albaneses.
Este é o quarto ataque desse tipo ocorrido no Equador nas últimas semanas.
“Presume-se que esse ato violento seja resultado de uma disputa pelo controle do território entre grupos do crime organizado e grupos armados organizados”, afirmou a coronel da polícia Beatriz Benavides em declaração à imprensa.
A responsável assegurou que uma caminhonete na qual os pistoleiros se deslocavam foi incendiada e abandonada, e ofereceu uma recompensa para encontrar os causadores.
Em agosto, sete pessoas foram assassinadas em um salão de sinuca nesta mesma cidade. A polícia afirmou que está investigando se esses fatos têm relação entre si.
Apesar das operações realizadas e dos constantes estados de exceção decretados pelo presidente Daniel Noboa, o Equador registrou mais de 4.600 homicídios no primeiro semestre do ano. De acordo com o Observatório Equatoriano do Crime Organizado, o número representa um aumento de 47% em relação ao mesmo período de 2024.
O presidente defende uma política dura contra o crime. Um de seus feitos mais notórios foi a captura, em junho, e a extradição, um mês depois, de Fito, líder da principal gangue do país.
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