Pelo menos cinco pessoas morreram em um grande ataque a tiros que deixou 21 vítimas, informou a polícia do estado do Texas, nos EUA.

“Temos pelos menos 21 vítimas, 21 vítimas dos tiros, e pelo menos cinco mortos neste momento”, disse o delegado da polícia de Odessa, Michael Gerke, à imprensa.

Três policiais ficaram feridos no incidente, que começou em um semáforo, disse ele. O suspeito morreu em uma troca de tiros com agentes.

O ataque ocorre menos de um mês após um atirador assassinar 22 pessoas em El Paso, também no Texas, a 480 km de Odessa.

Mais cedo, a polícia tinha publicado em sua página no Facebook que “um indivíduo (possivelmente dois) está dirigindo neste momento por Odessa atirando em pessoas aleatórias”. O veículo pertenceria ao Serviço Postal dos Estados Unidos.

Alguns dos tiros foram disparados da rodovia Interstate 20, que liga Odessa a Midland, onde vários carros ficaram com marcas de balas.

O presidente americano Donald Trump disse pelo Twitter que tinha sido informado do ataque pelo procurador-geral Bill Barr e que o FBI está atuando no caso.

No ataque recente no Walmart de El Paso, muitas das vítimas eram latinas. Na ocasião, o atirador Patrick Crusis, de 21 anos, foi preso e disse à polícia que estava mirando nos “mexicanos”.

A tragédia em El Paso se baseou na retórica antimexicana “racista” em um país que “sempre foi uma terra de oportunidades para todos os recém-chegados”, disse Jesus Seade, subsecretário do Ministério das Relações Exteriores do México para a América do Norte, em um funeral após o ataque.

Críticos de Trump o acusaram de alimentar esse ódio.

O tiroteio em El Paso aconteceu horas antes de um atirador em Dayton, Ohio, matar nove pessoas, reacendendo pedidos de controle de armas nos Estados Unidos, onde as armas de fogo foram ligadas a quase 40.000 mortes em 2017.

“Precisamos acabar com essa epidemia”, afirmou o ex-deputado pelo Texas, Beto O’Rourke, no Twitter.

Pré-candidato à presidência pelo Partido Democrata, o político manifestou seu pesar “a todos no Oeste do Texas que precisam enfrentar isso novamente”.