Um ataque a tiros, registrado na manhã desta quinta-feira (4), em uma escola de ensino médio no estado de Iowa, no centro-oeste dos Estados Unidos, deixou “várias vítimas baleadas”, anunciaram autoridades locais, sem detalhar quantas e se houve mortos.

“Já não há mais perigo para a população”, disse a jornalistas o xerife Adam Infante, que confirmou que o autor dos disparos havia sido identificado, embora não tenha revelado sua identidade.

Segundo vários meios de comunicação, o autor dos disparos morreu. A NBC News afirma que ele se suicidou.

Os fatos ocorreram na pequena localidade de Perry, a 60 km de Des Moines, capital do estado.

O xerife afirmou que a polícia foi informada sobre a presença de um homem armado às 7h37 locais (10h37 de Brasília) e que chegou “em sete minutos” e “localizou várias vítimas baleadas”.

“Felizmente havia muito poucos alunos e professores” na escola porque era cedo e as aulas ainda não haviam começado, explicou.

De acordo com a imprensa local, hoje é o primeiro dia de volta às aulas após o recesso do Natal.

O ataque a tiros ocorreu dias antes de o estado de Iowa iniciar a temporada das primárias do Partido Republicano, em 15 de janeiro, quando os eleitores votam em pequenas assembleias de bairro.

Com mais armas que moradores, os Estados Unidos têm a taxa de mortalidade por armas de fogo mais elevada entre todos os países desenvolvidos.

O país já registrou três ataques a tiros em massa este ano, segundo a Gun Violence Archive, organização não governamental que considera ataque maciço aquele que deixa quatro ou mais feridos ou mortos.

O ano passado terminou com um total de 656 ataques a tiros do tipo.

Os ataques com armas de fogo são uma chaga que sucessivos governos, republicanos ou democratas, não conseguem resolver porque muitos americanos seguem apegados à possibilidade de ter uma arma.

Escolas e instituições de ensino em geral são frequentemente cenário de ataques a tiros nos Estados Unidos. Em maio de 2022, um homem matou 19 alunos e dois professores no colégio de ensino fundamental Robb da cidade de Uvalde, no Texas.

Em fevereiro de 2018, um ex-aluno de uma escola de ensino médio em Parkland (Flórida) armado com um fuzil semiautomático matou a tiros 14 alunos e três adultos. Ele foi condenado à prisão perpétua.

Em 4 de julho do ano passado, Dia da Independência dos Estados Unidos, o presidente Joe Biden pediu o fim da “epidemia de violência por armas de fogo”, após uma “onda” de massacres.

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