A ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), divulgada nesta terça-feira, 6, voltou a destacar que o balanço de riscos da instituição possui fatores de risco “em ambas as direções” – ou seja, a de baixa e a de alta da inflação. Ao mesmo tempo, o BC pontuou que o risco “preponderante” ainda é aquele ligado ao andamento das reformas no Congresso, embora o balanço de riscos para inflação tenha evoluído de maneira favorável.

Assim como registrado no comunicado da quarta-feira passada, quando o Copom reduziu a Selic (a taxa básica de juros) de 6,50% para 6,00% ao ano, o colegiado afirmou na ata de hoje que, “por um lado, o nível de ociosidade elevado pode continuar produzindo trajetória prospectiva abaixo do esperado”.

Por outro lado, o BC pontuou que “uma eventual frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária”. Além disso, a instituição afirmou que este risco ligado às reformas “se intensifica no caso de reversão do cenário externo benigno para economias emergentes”.

Em outro trecho, o BC volta a registrar que “reconhece que o balanço de riscos para a inflação evoluiu de maneira favorável”, mas avalia que o risco ligado às reformas “ainda é preponderante”.