Andy Cole, lendário jogador do Manchester United, pediu à Federação Inglesa de Futebol (FA), nesta quarta-feira, que leve a sério a questão da diversidade quando for aberta a sucessão do ex-presidente Greg Clarke, que renunciou na terça-feira após comentários racistas.

“Os órgãos dirigentes já há algum tempo falam sobre diversidade, agora que estão em posição de ver como podem levar a FA para a frente, estão prontos para fazê-lo?”, perguntou o ex-jogador da seleção inglesa, de 49 anos, em entrevista ao canal BBC.

Autor de 121 gols em 275 jogos pelo United, Cole espera uma evolução visível em “seis meses”, estimando que seja “totalmente dependente” da federação. Em sua época de jogador, o atacante costumava vestir camisetas uma vez por ano para combater o racismo. “Esse tipo de ação atualmente não é suficiente. Devemos progredir.”

Greg Clarke renunciou após usar a expressão “jogadores de cor” para se referir a jogadores de futebol negros na Premier League durante uma audiência perante o Comitê de Digital, Cultura, Mídia e Esporte da Câmara dos Deputados (DCMS) do Commons para dar sua visão do futuro do futebol inglês.

Vice-presidente da FIFA, Clarke também foi criticado por ter questionado a falta de profissionalismo dos jogadores de origem asiática, que segundo o dirigente têm “interesses profissionais diferentes”.

Quando questionado sobre a falta de jogadores abertamente gays na Inglaterra, Clarke simplesmente disse que ser gay é um “modo de vida”.