Astrid Fontenelle reflete sobre ser referência de coragem e os desafios da carreira

A jornalista também destaca a importância de cultivar boas amizades para auxiliar nos momentos difíceis

Reprodução/Instagram
Astrid Fontenelle Foto: Reprodução/Instagram

A jornalista Astrid Fontenelle, de 64 anos, é considerada uma referência quando o assunto é opinião e coragem. De acordo com ela, isso se deve a sua formação na área da comunicação, de “dar voz para quem precisa”, mas destacou que o impacto emocional que isso exige “é um preço caríssimo” a se pagar.

“Agora mesmo, eu estava dando uma entrevista para o Léo Dias e, no final, quis falar sobre outra questão: o espaço dado, hoje, a pessoas que cometeram assassinatos hediondos, muito por causa da série Tremembé”, relatou em entrevista à revista Quem.

+ Astrid Fontenelle relata preconceito sofrido pelo filho durante férias em resort

+ Astrid Fontenelle diz não ter visto ‘Saia Justa’ desde sua saída do programa: ‘Chateada, triste, p***’

Astrid demonstrou preocupação com o que chamou de “gourmetização” de presídio e o impacto que isso pode causar na sociedade. “Tremembé não é colônia de férias. Tremembé é um presídio de segurança máxima onde estão criminosos horrorosos. E eu falei isso”, afirmou.

“Meu filho não pode crescer achando normal conviver com criminosos que cometeram crimes e assassinatos hediondos. Não é normal. Por isso eu boto a cara a tapa — e tenho estofo emocional para segurar”, emendou.

Autocuidado

A jornalista explicou que faz terapia, e por isso consegue ter o “estofo emocional”, e cultiva amizades verdadeiras para ajudá-la nos momentos difíceis. No entanto, reconheceu seu privilégio: “Sei que tem muitas mulheres cansadas, especialmente aquelas que não têm essas ferramentas”.

“Tenho dito muito que, se me chamam para um samba, para um chope ou para um ‘sextou’, eu fico com preguiça — e, com 64 anos, eu posso ter essa preguiça. Mas se uma amiga me chama e diz: ‘Preciso conversar com você, vamos tomar um café? Vamos almoçar?’, eu vou na hora, porque amigos são poucos, então dá para cultivar”, pontuou.

Por fim, a apresentadora declarou: “A gente não vai ter um milhão de amigos, por mais que a música diga. Isso é figura de linguagem. Na vida real, eu mesma não tenho nem uma mão cheia de amigos. Tenho muitos conhecidos, mas amigo de eu poder ligar e dizer: ‘estou precisando’, são poucos. Por isso eu cultivo, rego, cuido e abraço”.