A Associação Nacional de Jornais (ANJ) elegeu nesta quinta-feira, 18, sua nova diretoria, que será presidida pelo jornalista gaúcho Marcelo Rech, atual vice-presidente editorial do grupo RBS. A entidade, que possui 115 jornais associados em todo o País, tem como missão a defesa da liberdade de expressão, da imprensa livre e dos valores democráticos.

“Sem imprensa livre, não há democracia e não há verdadeiro desenvolvimento. Infelizmente, ainda vivemos no Brasil um período de muitas sombras. De um lado, profissionais da comunicação são assassinados ou agredidos com frequência e impunidade intoleráveis. De outro, iniciativas travestidas de controle social da mídia ou democratização dos meios pretendem, no fundo, garrotear a liberdade, fragilizar veículos independentes e criar uma imprensa submissa a motivações ideológicas”, discursou Rech, durante assembleia ocorrida em Brasília.

Atual presidente do Fórum Mundial de Editores (WEF), Marcelo Rech assume a presidência da ANJ sucedendo ao diretor-geral da Rede Gazeta (ES), Carlos Fernando Lindenberg Neto, que exerceu o cargo nos últimos quatro anos.

Em um momento de recessão econômica, de crise política e de “caos desinformativo”, os jornais cumprem um papel fundamental ao oferecer ao eleitor informações confiáveis, destacou Rech. “Estamos vivendo tempos muito desafiadores. Também são tempos de muitas oportunidades para os jornais, porque os jornais são grandes centros de produção de informação confiável e independente, e hoje a gente tem uma carência muito grande não de informação, mas de informação com certificado de qualidade, representada pelo jornalismo profissional”, disse o novo presidente da ANJ, em conversa com a reportagem.

“Em todos os momentos de crise da humanidade, a imprensa tem a obrigação de levantar questões, de mostrar a realidade, não ocultá-la”, ressaltou.

Composição

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A nova diretoria da ANJ para os próximos dois anos será composta pelo vice-presidente secretário Álvaro Augusto da Costa (Correio Braziliense); pelo vice-presidente financeiro Jaime Câmara Júnior (O Popular); e pelos vice-presidentes Ana Amélia Cunha (Gazeta do Povo), Carlos Fernando Lindenberg (A Gazeta), Francisco Mesquita Neto (O Estado de S. Paulo), João Roberto Marinho (O Globo), Luciana de Alcântara Dummar (O Povo), Maria Judith de Brito (Folha de S.Paulo), Mário Alberto de Paula Gusmão (Jornal NH), Sylvino de Godoy Neto (Correio Popular) e Walter de Mattos Junior (Diário Lance!).

A nova diretoria será empossada em setembro, em solenidade na qual a equipe do jornal Gazeta do Povo receberá o Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa. Será um reconhecimento à atuação de jornalistas que revelaram vencimentos de juízes e promotores locais que superavam o teto constitucional do funcionalismo público.

Os repórteres viraram alvo de processos abertos por juízes e promotores do Paraná depois da publicação das reportagens, mas as ações acabaram suspensas por decisão da ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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