Às vésperas do Congresso da Fifa, a ser realizado na próxima semana, a Associação dos Clubes da Europa (ECA, na sigla em inglês) cobrou nesta quarta-feira um diálogo “mais aberto e transparente” com o presidente da Fifa, Gianni Infantino. A maior preocupação da entidade é a criação de um novo Mundial de Clubes, com até 24 times.

“É essencial que a ECA se torne o coração dos debates e participe da tomada de decisões que vão determinar o futuro do futebol”, registrou a entidade, em comunicado assinado por seu presidente, Andrea Agnelli, também presidente da Juventus.

A maior preocupação da ECA é com o calendário dos clubes, já considerado apertado em razão das competições nacionais e dos torneios europeus (Liga dos Campeões e Liga Europa). A temporada dos times poderia ficar inchada com a eventual disputa da versão ampliada do Mundial que a Fifa planeja implementar nos próximos anos.

A reclamação se justifica porque a entidade mundial ainda não deu detalhes sobre o seu formato. Por outro lado, Infantino já revelou cifras quanto ao possível faturamento e anunciou publicamente que busca investidores para o projeto. Ele teria conversas abertas com grupos chineses, não revelados.

A Eca, contudo, reclama que não está participando destas discussões. Por isso a preocupação oficializada em reunião do Comitê Executivo, nesta quarta, em Varsóvia, na Polônia. A entidade reúne mais de 200 clubes do continente.

Outra demanda da associação foi feita à Uefa. A Eca quer que a organização responsável por gerir o futebol na Europa aumente o número de times em suas competições. E sugere a criação de grupos maiores para que todos os times possam jogar mais vezes – atualmente, na fases preliminares, há confrontos de mata-mata, o que costuma encerrar de forma precoce a participação dos clubes na Liga Europa e na Liga dos Campeões.