Em uma live do presidente Jair Bolsonaro no último dia 12 de abril, Domingo de Páscoa, religiosos de algumas vertentes cristãs e do judaísmo participaram do encontro virtual. A transmissão durou mais de duas horas e tinha como objetivo celebrar a data e passar mensagens de paz.

Além das redes sociais do presidente, a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), mais conhecida como TV Brasil também exibiu o encontro. Com isso, a Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea) considerou que a transmissão religiosa também na emissora pública violou o princípio do Estado laico, conforme previsto na Constituição. Como a emissora é publica e conforme a Constituição Brasileira o estado é laico.

Conforme a apuração da Folha de S. paulo, a entidade entrou na Justiça contra o governo federal, o presidente da República e a EBC pedindo que Bolsonaro fique proibido de repetir iniciativas do tipo e seja condenado a pagar R$ 100 mil por danos morais coletivos. O caso está na Justiça Federal do Distrito Federal.

“A utilização da emissora para atender a interesses privados do presidente e de segmentos religiosos fere, indiscutivelmente, o interesse público. Está na hora de o Poder Judiciário frear isso”, diz a entidade.

O padre Reginaldo Manzotti, o pastor Silas Malafaia, missionário R. R. Soares foram algumas das lideranças religiosas que participaram da transmissão. O deputado federal Marco Feliciano (Republicanos-SP) e a escritora Iris Abravanel também conversaram com o presidente na ocasião.

Outro ponto da live que foi destaque foi a declaração de Bolsonaro na qual ele minimiza o novo coronavírus e diz que a Covid-19 estava”começando a ir embora” do Brasil.