05/04/2018 - 13:19
A Associação Italiana de Árbitros revelou ter recebido pacotes que contavam com balas de armas de fogo em meio aos protestos de torcedores contra o uso do árbitro assistente de vídeo (VAR, na sigla em inglês) no futebol do país. O presidente da associação, Marcello Nicchi, afirmou nesta quinta-feira que os pacotes foram remetidos a ele, ao seu vice e ao responsável pela escala dos árbitros.
Nicchi também denunciou um jornalista que sugeriu que os torcedores “deveriam atirar nos árbitros”. Ele acrescentou que a polícia e o Ministério do Interior estão investigando os incidentes.
O dirigente ainda criticou uma denúncia apresentada por uma associação de consumidores contra decisões de um árbitro em jogo entre Lazio e Torino, que levará o juiz do duelo a um tribunal. “Você pode imaginar (Cristiano) Ronaldo ou (Lionel) Messi, ou qualquer outro jogador indo a um tribunal por ter cometido um erro ou um suposto erro?”, questionou Nicchi.
No mês passado, cerca de mil torcedores da Lazio realizaram um ato nos arredores da Federação Italiana de Futebol para protestar contra as decisões da VAR, que será utilizado na Copa do Mundo da Rússia.
Em janeiro, o Milan derrotou a Lazio por 2 a 1 com um gol de Patrick Cutrone, no qual, embora o VAR tenha sido usado, não foi assinalado que a bola bateu no braço do atacante.
Antes, no empate de 0 a 0 com a Inter de Milão, a Lazio teve um pênalti marcado, mas a decisão foi anulada após o acesso ao VAR, com a imagem mostrando que o cruzamento de Ciro Immobile bateu na perna de Skriniar antes de atingir o seu braço, o que provocou a avaliação de que o toque foi involuntário.
O VAR foi introduzido no Campeonato Italiano, mas as decisões tomadas a partir do seu uso vem causando polêmica. “Minha avaliação do VAR é completamente negativa porque tira a emoção do futebol. Agora você não comemora depois de um gol”, disse anteriormente o técnico da Lazio, Simone Inzaghi. “Teríamos mais sete pontos nesta temporada sem o VAR”.