Delfim Netto sempre foi lembrado por ter sido um dos signatários do Ato Institucional Nº 5, de dezembro de 1968, que endureceu ainda mais o regime militar.

Em entrevista ao portal UOL, em 2021, o ex-ministro afirmou que faria isso novamente, se fosse preciso.

“Eu voltaria a assinar o AI-5. Eu tenho dito isso sempre. Aquilo era um processo revolucionário, vocês têm que ler jornais daquele momento. As pessoas não conhecem história, ficam julgando o passado, como se fosse o presente. Naquele instante foi correto, só que você não conhece o futuro”, afirmou.

Porém, na mesma entrevista, ele chamou de “idiotas” aqueles que defendem um decreto como o AI-5 no momento atual da política brasileira.

“Quando se assinou o AI-5, o que se imaginava era que o habeas corpus seria para proteger o cidadão, não para matá-lo”, disse.

“Hoje nós sabemos para onde queremos ir e aprendemos que só existe um mecanismo para administrar esse país e levá-lo ao progresso, que é o fortalecimento do processo democrático. Isso é um aprendizado”, completou.