A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, com 50 votos a favor e 17 contra, o projeto de lei que permite a privatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). O texto seguirá à Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO). Eram necessários 48 votos.
A FFO analisou, antes da votação, 29 propostas de alteração do texto, todas apresentadas pela oposição. Contudo, na votação em plenário, todas também foram rejeitadas. O relator, deputado Zé Guilherme (PP), que também preside a comissão, opinou pela rejeição.
O relator entendeu que as emendas que procuravam assegurar a manutenção dos contratos dos funcionários da Copasa já eram contemplados pelo substitutivo número três.
Esse substitutivo estabeleceu que a empresa, após a privatização, deve garantir modicidade tarifária, melhoria na qualidade da água e manutenção dos vínculos de trabalho. Após 18 meses, o Estado poderá realocar os servidores.
A sessão contou com cartazes, manifestações e gritos dos parlamentares e dos presentes no plenário. Ouviam-se gritos de “traidor”. Uma faixa azul trazia a frase: “Se privatizar, a sua conta vai te afogar.”
O deputado Leleco Pimentel (PT) pediu a palavra e criticou a velocidade da tramitação da privatização e a agenda de venda de ativos do governador Romeu Zema (Novo).