Assassinato de Charlie Kirk: suspeito confessou crime a parceira em mensagens

Em 13 de setembro de 2025, o gabinete do governador de Utah divulgou fotos de Tyler Robinson, suspeito da morte de Charlie Kirk - Utah Governor's Office/AFP
Tyler Robinson, suspeito da morte de Charlie Kirk Foto: Utah Governor's Office/AFP

Documentos judiciais revelados na terça-feira, 16, apontam que o suspeito de assassinar o ativista conservador Charlie Kirk, Tyler Robinson, de 22 anos, confessou o crime em uma troca de mensagens com sua parceira. A investigação também encontrou o DNA do acusado no rifle utilizado no ataque, que ocorreu na Universidade do Vale de Utah no último dia 10 de setembro.

  • Confissão: em mensagens de texto, Tyler Robinson admitiu para sua parceira ser o autor do disparo que matou Charlie Kirk.
  • Motivação: o suspeito teria dito estar “cansado do ódio” de Kirk e que planejou o ataque por mais de uma semana.
  • Provas: o DNA de Robinson foi encontrado no gatilho do rifle usado no crime, que pertencia a seu avô.
  • Investigação: o FBI está investigando mais de 20 pessoas que participavam de um grupo de Discord com o atirador para apurar a participação de cúmplices.

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De acordo com os investigadores, Tyler Robinson disparou um único tiro do telhado de um prédio, atingindo Kirk no pescoço enquanto ele discursava para cerca de três mil pessoas. Logo após o crime, ele enviou mensagens à sua parceira, com quem morava perto de St. George, em Utah. Em um bilhete deixado para ela, ele escreveu: “Tive a oportunidade de eliminar Charlie Kirk e vou aproveitá-la”. Ao ser questionado diretamente pela parceira se ele era o atirador, Robinson respondeu: “Sou eu, desculpe”.

As autoridades afirmam que a parceira não reportou a confissão à polícia. Robinson permaneceu foragido até a noite seguinte, quando seus pais o reconheceram em uma foto divulgada pela polícia e auxiliaram na organização de sua rendição pacífica. A investigação apura se a parceira ou outras pessoas podem ser acusadas de obstrução de Justiça.

A promotoria do condado de Utah, representada por Jeff Gray, confirmou que uma amostra de DNA encontrada no gatilho do rifle de ferrolho correspondia à de Robinson. Preso, o suspeito compareceu a uma audiência por videoconferência na terça-feira, 16, onde um juiz determinou que um advogado público o representaria.

Sobre a motivação do crime, as autoridades revelaram outra mensagem de Robinson à parceira: “Eu já estava cansado do ódio dele. Certo ódio não dá para negociar”. O promotor, no entanto, não quis comentar se o ataque foi motivado pelas visões antitransgênero de Kirk, afirmando que “isso cabe a um júri decidir”.

A mãe de Robinson relatou aos investigadores que o filho adotou posições políticas mais à esquerda no último ano, tornando-se um apoiador dos direitos de pessoas trans e da comunidade gay. Essa mudança teria gerado conflitos com o pai, descrito por Robinson como um apoiador radical do movimento “Make America Great Again” (MAGA), de Donald Trump.

O diretor do FBI, Kash Patel, informou que agentes estão investigando “qualquer um e todos” que participaram de uma sala de bate-papo com Robinson na plataforma Discord. O assassinato de Charlie Kirk, uma figura proeminente da direita conservadora, intensificou o debate nacional sobre a violência política e a profunda divisão ideológica nos Estados Unidos.