São Paulo, 15 – A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou nesta sexta-feira que o principal destino das exportações de carne suína e de frango do Brasil em 2020 foi a Ásia. No caso dos suínos, cujos embarques foram recordes no passado, os países asiáticos compraram 80% do volume total, ou 800,2 mil toneladas do produto, 66,9% a mais do que o registrado em 2019. Em carne de frango, países do continente asiático importaram 1,635 milhão de toneladas do que o Brasil exportou no ano passado, 5,8% a mais do que em 2019.

Em comunicado, a ABPA destaca a China, que detém 50,7% de participação nas exportações totais de carne suína do Brasil. No ano passado, os chineses adquiriram 513,5 mil toneladas, 106% mais do que o negociado em 2019. De frango, a China adquiriu 673,2 mil toneladas no ano, alta de 15% na mesma base comparativa.

O diretor de mercados da ABPA, Luis Rua, disse na nota que o ritmo de vendas de 2020 foi determinado pelos efeitos da peste suína africana na Ásia e que esse cenário tende a continuar em 2021. A entidade acrescentou que foram habilitadas 15 plantas exportadoras de carne suína em 2020, para destinos como Chile, Filipinas, Cingapura, Vietnã e África do Sul.

Houve crescimento dos embarques de carne suína também para o Vietnã, Cingapura e Japão, que chegaram a 40,3 mil toneladas (+198%), 52,1 mil toneladas (+50%) e 11,5 mil toneladas (+91%), respectivamente. Para a África, as exportações cresceram 5,3% ante 2019, para 60,9 mil toneladas. O maior mercado da região é o da Angola, que adquiriu 28,4 mil toneladas desse total, aumento de 5,6% em relação ao ano anterior. Além disso, foram exportadas 128,1 mil toneladas para as Américas, queda de 5,9% ante o ano anterior. Os Estados Unidos, porém, aumentaram em 30,4% as compras de carne suína brasileira, somando 7,9 mil toneladas em 2020.

Em relação à carne de frango também foram expressivos em 2020 os volumes exportados para Cingapura, que comprou 124,2 mil toneladas (+27%), e Vietnã, com 53,1 mil toneladas (+105%). A ABPA informou que países do Oriente Médio adquiriram 1,335 milhão de toneladas no ano passado, 5,7% a menos do que em 2019. Iêmen e Jordânia, por exemplo, importaram, nesta ordem, 112,4 mil toneladas (+6,1%) e 56,8 mil toneladas (+18,9%)

De acordo com a entidade, foram embarcadas 555,7 mil toneladas do produto para a África em 2020, 5,1% a mais do que em 2019. No continente, a entidade chama atenção para o crescimento de 15% nas compras do Egito, que totalizaram 58,7 mil toneladas no ano. Já para os países da América, o Brasil exportou 225,1 mil toneladas em 2020, 15,5% a menos do que em 2019.

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Para a União Europeia, sexto principal destino das exportações de carne de frango do País, foram enviadas 252,2 mil toneladas, alta de 1% na mesma base comparativa. Fora do grupo, outros países europeus compraram 120,3 mil toneladas de carne de frango brasileira, aumento de 10,1% ante o ano anterior. Do total, 83,9 mil toneladas foram embarcadas para a Rússia (+30%).

O presidente da entidade, Ricardo Santin, afirmou em nota que os resultados “reforçam as boas expectativas para os embarques em 2021, com a recuperação dos níveis de importações, em especial, para os principais destinos do Oriente Médio, que registraram melhora nos níveis das importações no último bimestre de 2020.”

Segundo a ABPA, ocorreram 67 novas habilitações de plantas exportadoras de carne de frango em 2020, para países como Coreia do Sul, Filipinas, Egito, Bolívia, Peru, Cingapura, Vietnã, África do Sul, Japão e Canadá.


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