Asfura, favorito de Trump, retoma vantagem nas presidenciais de Honduras

O empresário de direita Nasry Asfura, apoiado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retomou nesta quinta-feira (4) a vantagem na apuração das eleições presidenciais de Honduras, embora continue em empate técnico com o apresentador de televisão Salvador Nasralla.

Asfura, de 67 anos e do Partido Nacional (PN), havia assumido a liderança no domingo, quando ocorreram as eleições gerais, mas na terça-feira, após problemas no sistema operacional, foi superado por Nasralla, do Partido Liberal (PL), também de direita.

Com 84,52% dos votos apurados, Asfura lidera com 40,05% contra 39,74% de Nasralla, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

O CNE interrompeu a divulgação de dados na madrugada de segunda-feira, o que levou Trump a ameaçar com “consequências graves” para Honduras caso decidissem “alterar os resultados”. A transmissão foi retomada no dia seguinte, mas voltou a ser interrompida na quarta-feira por três horas para manutenção do sistema.

A apuração lenta mantém em suspense a empobrecida nação centro-americana, também atingida pela violência do narcotráfico e das gangues, além da corrupção.

Trump interveio na reta final das eleições ao pedir aos hondurenhos que votassem em Asfura, a quem considera “amigo da liberdade”. Ele também concedeu indulto ao ex-presidente Juan Orlando Hernández (2014-2022), ex-líder do PN, condenado no ano passado a 45 anos de prisão por tráfico de drogas. Hernández foi libertado na segunda-feira.

O presidente americano chama Nasralla de “quase comunista” porque ele ocupou um alto cargo no atual governo da presidente Xiomara Castro.

No entanto, o comunicador, que deixou o governo de esquerda no ano passado, declara-se admirador dos presidentes de direita da Argentina, Javier Milei, e de El Salvador, Nayib Bukele.

hma/axm/mel/jc/fp