O ator, diretor e produtor Miguel Falabella não gostou de “Donna Summer musical” quando o viu na Broadway. “Nunca pensei que seria convidado a dirigir o espetáculo no Brasil”, diz à ISTOÉ. “Só aceitei porque me deixaram fazer meu espetáculo.” Falabella, de 63 anos, é o diretor de musicais mais importante do Brasil. Para ele, o esforço de levar ao palco a vida da cantora Donna Summer (1948-2012) se soma ao encanto que ela lhe causou na juventude. “Quando comecei a frequentar a noite, Donna reinava absoluta. Tinha uma voz incrível e era afinadíssima. Mas o que me chamou atenção foi o impacto comportamental e político que ela teve sobre as pessoas na época. Sua música foi a trilha sonora dos movimentos de emancipação feminina, negro e LGBT.” Meio século depois, aquilo que parecia uma música comercial ainda comove as novas gerações. O musical retrata os dramas e os hits da artista, vividos por três cantoras brasileiras: Amanda Souza faz a estreante, Jeniffer Nascimento, a rainha disco e Karin Hills, a diva. “Por analogia ao livro ‘Alice através do espelho’, apresento Donna através da fragmentação dos globos de espelho que decoravam os clubes noturnos”, diz Falabella. Teatro Santander, São Paulo, de 5/3 a 28/6.

Michael Ochs Archives/Getty Images

5 momentos da diva dance

Nascimento
LaDonna Adrian Gaines, Boston, 31/12/1948

Primeiro LP
“Lady of the Night”, em 1974

Maior sucesso
“I feel love”, 1977

Título
Rainha da Dance Music, por figurar 13 vezes na parada da Billboard

Morte
De câncer no pulmão, Naples, Flórida, 17/5/2012