O candidato do MDB a governador de São Paulo, o empresário Paulo Skaf, pelo jeito, não aprendeu a fazer contas elementares de matemática, nem no Sesi e nem na Fiesp, que preside há 13 anos, às custas de mudanças obscuras nos estatutos da entidade. Ele declarou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) que já gastou em sua campanha um total de R$ 622 mil, mas só arrecadou até agora R$ 165 mil. Ou seja, gastou quatro vezes mais do que arrecadou. Ora, resta saber de onde veio o dinheiro que ele gastou. Do seu próprio bolso, de caixa dois? É irregular gastar dinheiro sem revelar as fontes. É o que manda a lei eleitoral. É verdade que o candidato pode usar seu dinheiro para a campanha, mas tem de declarar a origem dos gastos. Que Skaf tem gordura para queimar parece claro. Ele declarou ao TRE possuir uma fortuna de R$ 23,8 milhões, dos quais R$ 10 milhões referentes ao imóvel em que mora. Aliás, a fortuna de Skaf engordou muito nos últimos anos em que ele está à frente da presidência da Fiesp/Sesi. Em 2014, Skaf tinha bens declarados no valor de R$ 17,7 milhões. Nesse ano, sua casa valia R$ 3,1 milhões. Em quatro anos, de recessão e crise intensa, a casa de Skaf quase triplicou de preço. E a fortuna subiu 40%, muito acima da inflação.

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