O compositor alemão Max Richter já ganhou prêmios e vendeu milhares de álbuns, mas suas melodias são bem mais populares que o seu nome. Ele é o autor de trilhas sonoras belíssimas em sucessos do cinema e da TV. De Martin Scorsese a Dennis Villeneuve, diretores buscam seus temas clássicos e melodias etéreas para transportar o público a outras dimensões da emoção. Em seu projeto “Voices”, no entanto, Richter apresenta sua voz política. Enquanto o primeiro volume foi inspirado pela Declaração Universal dos Direitos Humanos — traz a gravação de 1949 de Eleanor Roosevelt lendo o texto —, em “Voices 2” ele abre um espaço para a reflexão. “O final do século 20 deu a impressão de que o mundo estava melhorando”, afirma. “Nos últimos anos voltamos no tempo, fantasmas do passado, como o nacionalismo e o fascismo, passaram a nos atormentar novamente.” O álbum minimalista de Richter e sua parceira, a artista audiovisual Yulia Mahr, traz trilhas que nos forçam a olhar para dentro e meditar sobre o futuro. “As novas gerações são capazes de realizar mudanças graças à conectividade”, afirma o compositor. “O álbum não vai solucionar os problemas do mundo, mas, como artista, também não posso ignorá-los.”

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Rita Lee em versão remix

O DJ João Lee teve uma ideia ousada: reunir DJs de todo o mundo para remixar a música de sua mãe, Rita Lee. As 37 versões serão divididas em três volumes. O primeiro, “João Lee presentes: Rita Lee & Roberto — Classic Remix Vol. 1” sai agora com 12 faixas. “Esses remixes são como mergulhos numa dimensão paralela, tipo a trilha sonora de um passeio num disco voador. Convidam a tirar nossas bundas da cadeira para dançarmos no meio da cozinha e mandar a pandemia para aquele lugar”, definiu Rita Lee.